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A Roça

Roça de milho e melancia. Foto Xanda de Biase
Roça de milho e melancia.
Foto Xanda de Biase
Roça de Mandioca. Foto Laercio Miranda
Roça de Mandioca.
Foto Laercio Miranda

Antigamente a roça era familiar. Os homens cortavam as árvores e as mulheres juntavam os galhos. Depois eles queimavam juntos. Para não pegar fogo nas árvores vivas, queimavam com sol e vento fracos. A roça não era feita muito perto da beira do rio para não secar o rio. Eles plantavam milho, feijão de cordão, mandioca, abóbora, cará, etc.

Mulher debulhando feijão uhi. Pi´õ te uhi tihu. Foto Laercio Miranda
Mulher debulhando feijão uhi.
Pi´õ te uhi tihu.
Foto Laercio Miranda

A colheita do alimento da roça era feita na época certa; o tempo seco. A família toda ia para a roça de toco colher o que tinham plantado, dia-a-dia trabalhavam juntos até recolher tudo. E a divisão da colheita era realizada em cada família pelos anciões, como o avô e a avó. Assim, a família vivia saudável.

Mulher colhendo cará. Pi´õ te tsapó´o mo´oni. Foto Margarida Aguadé
Mulher colhendo cará.
Pi´õ te tsapó´o mo´oni. Foto Margarida Aguadé

Na década de 70 a monocultura agrícola, com o apoio da FUNAI, entrou fortemente nas terras dos xavante e quase acabou com o cerrado nativo e com a roça de toco. Em vez de se desenvolver uma pequena produção, para ter auto-sustentação, passou a se realizar um trabalho sem coletividade. Somente os tratoristas trabalhavam nas máquinas modernas, na roça mecanizada.

Com o tempo a monocultura foi abandonada em quase todas as aldeias. Mas a devastação do cerrado para a roça mecanizada trouxe problemas de saúde ao povo xavante, e o sofrimento continua nas suas conseqüências até hoje, muita doença e mortalidade o ano todo.

Texto de Owa´ú Ruri´õ
Legendas de Tseretó Tsahobö.
Plantando árvore na aldeia Abelhinha para fazer sombra. Te´re dza´ra wede daró Idzô´uhu amã awada.  Foto Fernando Zambada
Plantando árvore na aldeia Abelhinha para fazer sombra.
Te´re dza´ra wede daró Idzô´uhu amã awada.
Foto Fernando Zambada
Abóbora, jaca e cana na roça familiar (atras da casa). Foto Xanda de Biase
Abóbora, jaca e cana na roça familiar (atras da casa).
Foto Xanda de Biase

Semente de milho Xavante secando para fazer a roça. Nõdzo babaride apo ireda hã buru amã. Foto Laercio Miranda
Semente de milho Xavante secando para fazer a roça.
Nõdzo babaride apo ireda hã buru amã.
Foto Laercio Miranda
Roça de arroz brotando. Foto Xanda de Biase
Roça de arroz brotando.
Foto Xanda de Biase